Dando
continuidade a editoração de suas obras
literárias Geraldo Almeida Borges, historiador, poeta, romancista, e cronista
piauiense, lança mais um livro de crônicas
sobre a sua cidade. Desta vez trata-se de Estação Teresina (o trem do
cotidiano), livro que retrata um antigo cenário, que se transformou à medida
que uma nova dimensão do progresso foi se impondo na ordem econômica do estado do Piauí, apagando o
vestígio de velhos personagens que agora não passam de lembranças, e que,
resgatados para o contexto da crônica, viraram
objetos de ficção.
O tema do livro são as recordações
da infância e mocidade do autor dentro
de uma trajetória que aos poucos vai se esboçando, com o conhecimento das
praças, ruas, igrejas, personagens, e
toda a arquitetura da cidade, que, aos pouco, vai se transformando, por
imposição do progresso e da modernidade. O autor recompõe, restaura e conserva, em estilo sóbrio e ao mesmo tempo
lírico algumas paisagens de um momento cultural de sua cidade.
Nas paginas do livro o leitor terá a
oportunidade de viajar como um passageiro, assim como eu, que está voltando para a sua velha e querida
cidade de antigamente, a qual ele deixou, e ao voltar apenas relembra como era
nos tempos de antanho.
A leitura do livro torna-se uma viagem ao passado, uma travessia
no túnel do tempo. O leitor jovem vai se
surpreendera com informações que
enriquecerão a sua sensibilidade. O leitor velho, no passar dos anos, vai reconhecer
momentos que presenciou e comungou com outras pessoas de sua geração. É como se
Teresina, de outra época, ressuscitasse seus fantasmas no espesso calor das
tardes, nas bocas da noite, com suas cadeiras nas calçadas.
A intimidade com que o autor
trata alguns de seus personagens resulta de uma convivência anterior, de uma
familiaridade revivida no espelho
da imaginação.Alguns leitores atentos
podem se reencontrar dentro do livro, se conseguirem ouvir um eco de lembrança
de algum momento de sua vida. Poderão reler um rápido flagrante de sua vida
real perpassada para o mundo da ficção.
No mais não precisamos dar muita informação sobre o autor Basta dizer
que ele conhecia muito bem a sua antiga cidade a ponto de elegê-la como sua musa inspiradora. Estamos
de parabéns por mais uma edição de uma de suas obras. E, no devido tempo,
convidamos o leitor para conferir.Aqui
me despeço como um de seus personagens, companheiro de viagem .
Um
passageiro
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