Recebido de Paulo Tabatinga:
Essa é uma toada do folclore piauiense, da época do Ciclo do Couro, no século XVIII.
Foi gravada em 1916 por Eduardo das Neves e Baiano, em disco da antiga Casa Edson, do Rio de Janeiro.
Veja a letra abaixo e a música aqui, na gravação de 1916:
http://www.youtube.com/watch?v=obOIQa4MJ98
O meu boi morreu
O que será de mim
Manda buscá outro
Ó maninha
Lá no Piauí
Seu moço inteligente
Faz favô de mi dizê
Em riba daquele morro
Quantos capim há de tê
Se o raio não cortou
Se o gado não comeu
Em riba daquele morro
Tem o capim que nasceu.
O meu boi morreu
O que será de mim
Manda buscá outro
Ó maninha
Lá no Piauí
Me arresponda sem têretê
Mas me arresponda já
O que é que a gente vê
E que não pode pegá?
Aquilo que a gente vê
E que não pode pegá
É a lua e as estrela
Que no céu tão a briá.
O meu boi morreu
Que será de mim
Manda buscá outro
Ó maninha
Lá no Piauí
Vou lhe fazê uma pregunta
Pra vancê me arrespondê
Vinte e cinco par de gato
Quantas unha deve tê?
Intrei no raio de sol
Saí no raio de lua
Vinte e cinco par de gato
Com certeza tem mil unha.
O meu boi morreu
O que será de mim
Manda buscá outro
Ó maninha
Lá no Piauí
Em riba daquela serra
Tem um sino sem badalo
E uma arroba de capim
Pra você comê, ó cavalo
Em riba daquela serra
Tem um sino ferrugento
Se eu hei de comê capim
Coma você, ó seu jumento.
O meu boi morreu
O que será de mim
O que será de mim
Manda buscá outro
Ó maninha
Lá no Piauí
Nenhum comentário:
Postar um comentário