domingo, 22 de julho de 2012

OS HISTÓRICOS DESMANDOS E DESCUIDOS NO ESÍRITO SANTO

Recebi por e-mail do professor Zuza de São Paulo o artigo abaixo. Zuza tem um livro sobre o assunto. E agora que vai ter eleições ele retoma a questão aqui no Piauinauta. Deixemos ele falar no e-mail:

"São Paulo, 18 de julho de 2012
Prezado Edmar,

Sou apreciador das suas comunicações, sobretudo daquelas que tratam do Piauí e assim aproveito a oportunidade e mandadar para te um comentário que fiz  a respeito de um pequeno ponto  do território dpiauiense. Trata-se do Povoado do Espirito Santo que tornou-se autonomo em 1996 e perdeu o seu nome originário e ganhou o esquisito apelido de Ribeira do Piauí. Como sou de lá e moro em São Paulo, mas quero  o retorno do seu nome originário, é uma quetão de respeito a história e as pessoas daquele território do Divino.
Meu Edmar você precisa retornar a São Paulo e tomar umas cervas na  Praça Benedito Calixto, apareça por cá.



OS HISTÓRICOS DESMANDOS E DESCUIDOS  NO ESÍRITO SANTO
Prof. Dr. José Vieira Camelo Filho-Zuza

Estes problemas com a coisa pública são marcantes no dia a dia dos brasileiros e no  Espírito Santo (agora com o apelido de Ribeira),  não é diferente. Os descuidos são históricos e iniciaram com o processo de criação do município em 1996, quando trocaram o  nome Espírito Santo(povoado fundado no final da década de 1940 e início dos anos de 1950) pelo abominável apelido de Ribeira do Piauí. Tal nome não fazia sentido  porque ribeira é uma localidade situada no vale de um rio. No entanto, o mais grave é que este ato irresponsável ocorreu porque o prefeito da época de sua autonomia,  pretendia levar a sede do  município para o povoado da Barriguda  e não se justificava ser chamado de Espírito Santo, por isso, Ribeira era mais adequado, caso este objetivo se consolidasse voltaria o seu nome anterior. 
Desta forma, a falta de cuidado e  de responsabilidade com  a coisa pública no Espírito Santo iniciou coma troca do seu nome, fato considerado um enorme desrespeito com aqueles  que nasceram e vivem neste antigo povoado do Divino e com quem luta pela preservação da história e da cultura locais em todo Brasil. Como não foi possível transferi a sede municipal, por puro interesse imediato do mandatário de plantão naquela época, o mesmo  comete o irresponsável erro  de transformar o mercado municipal  na Prefeitura,  e desde então o Espírito Santo ficou  sem seu mercado. Daí cabe à pergunta por que não construíram um prédio novo  para funcionar a Prefeitura municipal? Certamente, que tivemos uma apropriação indevida daquele bem público para  outros fins sem a correspondente compensação, portanto a execução desta medida foi  danosa para a população  no seu conjunto  e os usuários do mercado em particular. Portanto, o fato do prefeito ser afastado, decorre da somatória de erros e desrespeitos com os moradores que vem sendo historicamente cometidos na terrado Divino.  
O tempo passou e os erros continuaram ocorrendo e resultaram na deposição do prefeito Jorge de Araújo Costa (Doutor). Contra ele pesam várias acusações, inclusive a de abuso econômico na sua campanha nas eleições de 2008, algo pouco provável (na verdade não deixa der uma aplicação indevida dos recursos públicos),  já que era candidato único, com relação as demais acusações que indicam o uso de notas frias para fraudar  o FUNDEB, ele tem todo o direito de  se defender, mas caso tenha culpa deve pagar pelos erros cometidos. Já a prefeita (tampão) Irene Mendes Gronemberger, resta apenas completar o mandato de Doutor e tocar a administração municipal sem qualquer pretensão, é o mínimo que se espera. Disso tudo,  fica a lição para o próximo prefeito(a)porque, realizar uma boa gestão dos bens e recursos públicos é preciso evitar a prática de empregar gente que não trabalha. Por outro lado, não cometer nepotismo (empregar parentes), porque tais atos resultam no desperdiço dos recursos públicos, por isso, tem que realizar tudo aquilo que o seu cargo exige. 
O próximo prefeito do Espírito Santo atualmente apelidado de Ribeira tem vários desafios entre eles consertar um erro histórico que é realizar o retorno do nome Espírito Santo, alterado quando obteve a sua autonomia e acabar com este apelido denominado Ribeira. Lembrando, que a prefeitura não é propriedade do prefeito e nem dos seus aliados ou amigos. Portanto, tem que ser administrada para atender as necessidades do conjunto dos moradores do município, independente da filiação partidária, porque os recursos são públicos. O futuro prefeito tem que se livrar das tentações  de empregar pessoas que moram em outras cidade se nunca aparecem no trabalho, prática que sempre aparece na imprensa citando muitos municípios brasileiros e o Piauí se inclui nisto com bastante ênfase, lembrando que tal prática tem que ser banida, visto que ela é criminosa. 
Cuidar da gestão da saúde da população é fundamental, destacando que existe a acusação de  que no Espírito Santo (Ribeira) tem uma edificação concluída para ser um Posto de Saúde, porém por mesquinhez política local e regional, o mesmo ainda não está funcionando. A educação, também merece cuidados especiais dos gestores municipais, os seus recursos tem que serem aplicados nas escolas, desviar, desperdiçar ou apropriar-se dos mesmos de forma indevidas é um crime  imperdoável, que resulta em processo e prisão, portanto  é obrigação do prefeito cuidar corretamente destas questões, é o que se espera da gestão que vai iniciar em 2013.  O retorno do nome Espírito Santo será uma medida relevante que repara um erro imperdoável cometido por mesquinhez política e desrespeito a população do antigo povoado do Divino  e das suas cercanias.        

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