domingo, 11 de setembro de 2011

Meus Versos

Juarez Montenegro


Versos não me encomendem!... Não os faço

ao sabor dos clamores da ciência:

se perseguidos, migram para o espaço;

se convocados, fogem da premência.



Não os doma a vontade... Sem regaço,

os afetos soluçam de carência,

a razão esmaece de cansaço,

a linguagem não flui da inteligência.



Eis quando, resgatado penitente

de fúteis interesses, me refarto

na sintonia cósmica da mente,



quais imigrantes doutros universos,

em doloridos ais, como os de parto,

nascem ninhadas de canoros versos.

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