Climério Ferreira
Teresina,
A minha,
Esta não há mais.
A minha
Era uma cidade sem cais
Pois essa atual veio depois
Do desaparecimento da Palha do Arroz
A Teresina
Dos Cajueiros
Do Barrocão
Da Maria Tijubina
Essa não mais se mostra à retina
A da Estrada Nova
Da Baixa do Chicão
A da usina
Não há mais tal Teresina
A da vitamina do Mundico
Do pastel do Gaúcho
E a do bar Carnaúba
Do programa do Al Lebre
Da crônica do Carlos Said
Das aulas do A. Tito Filho
Das agências da Saraiva
Do teatro do Santana e Silva
Das raparigas no corso
De tudo que já foi
Resta a cajuína
E uma nova Teresina
Que nunca termina
E constantemente nos ensina
A ter seu amor como sina
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Também este poema, do poeta Climério Ferreira, pertencente ao clã dos irmãos Ferreira de Amarante, me foi mandado pelo mestre Cinéas na corrente por e-mail "Cantando Teresina".
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