domingo, 13 de dezembro de 2015

NAURO MACHADO



Barbudo
De bar em bar
O poeta cambaleia
De copo na mão
Pelas ladeiras
Das ruas de São Luis
Do maranhão e nos diz
Um dia  serei plantado
Na Praça do Panteão
De bar em bar
O poeta barbudo
Nauro Machado
Bebeu e morreu
Não ficou mudo
Mudou de estado
E delira com sua lira
Pelas ladeiras das
Ruas de são Luis
E pela  Praça do Panteão

(Geraldo Borges)

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Nauro Machado (São Luiz 2/08/1935 - 28/11/2015): Poeta autodidata com vasto conhecimento em artes e filosofia. Comparado por alguns críticos a Fernando Pessoa, é original por ser poeta universal entre seus contemporâneos mais imediatos, como Ferreira GullarLago BurnettJosé Chagas e Bandeira Tribuzi. Se Gullar questiona a própria forma poética, Nauro Machado questiona a própria essência e destinação do ser humano, sem deixar de cultivar uma linguagem poética e uma técnica de versos exemplares. Sua obra apresenta traços de reflexão existencial angustiada e violenta que encontra poucas comparações na lírica de língua portuguesa. (Wikipédia)

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