à margem do rio, terra vermelha – noite açafrão
aceito o convite proposto pelo céu
um caminho de constelações acesas Meu corpo,
vaga-lume das estrelas
uma embarcação à deriva
à procura dos mistérios envoltos nas cercanias do capinzal
A noite adensa provocações e convites
embalo das águas, sobe-e-desce das canoas
cricrilar dos grilos
< nenhuma sereia serena
baldio entre brumas,
namoro os aspectos fugidios
assombros vaporosos atrás de arbustos
assobios de seres estranhos imaginários
ninfas vulneráveis zanzando névoa Eu selvagem,
córrego de signo esfomeado pela quinta
sofrendo com alheia beleza da terceira
margem – onde as galhas ferem meu curso
semiárido de quebradiça
pele-agreste
(Rodrigo MLeite)
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