O BANQUETE DOS ASTROS
A enorme boca da noite
Crava seus dentes de nuvens
Nas últimas horas do dia
No lusco-fusco da tarde
É assim que os sonhos são devorados
No suave balanço das redes
Sob as vistas das estrelas
Que espiam da janela
Enquanto os corpos se despem da labuta
E pulsam de cansaço
Os astros são tragados pela boca do céu
A lua singra pelos tempos
Aplacando a turbulência com luz branda
Até que escureçam as cores do dia
(Climério Ferreira)
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