domingo, 3 de abril de 2016

Os olhos não calam


Os olhos costumam denunciar
Os nossos silêncios 

E não param nunca de dizer
O que calamos

Como uma ave sem pouso
Que perdeu o ninho

Ou como se os olhos falassem
Uma língua indomada

Ou pronunciassem um murmúrio de vento
Que antecede a tempestade


(Climério Ferreira)

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