Já tinha fechado essa edição do Piauinauta quando me chegou
a crônica do Geraldo Borges. O que ia escrever aqui fica para a próxima edição
porque tenho que fazer essa “Viagem a Paris” com o meu amigo Geraldo.
Impressionante como a literatura é capaz de nos transportar
para outro país e conhecer uma cidade nunca vista. A viagem que o Geraldo faz
na crônica a seguir é inteiramente dentro das páginas da literatura para
descobrir uma Paris que me decepcionou por já ter feito essa viagem com meu
amigo.
É, Geraldo, nós já tínhamos ido juntos a Paris nas páginas
dos mestres da literatura que você aponta tão bem. Não precisamos pegar um
avião, atravessar o Atlântico, estava tudo aqui nos livros que conservamos em
casa.
Portanto considere a viagem, de fato, que eu fiz, como sua
também. Como aquela vez em que fomos a Palmeirais e que redeu tantas crônicas.
É que a nossa Palmeirais, ou qualquer outra aldeia, pode ser conhecida nas asas
da literatura. Quando podemos transformar a aldeia no universo. Ou até uma
aldeia imaginária, como a Macondo de Garcia Marquez, que conhecemos tão bem
como se de fato ela tivesse existido e sabemos de cor: "uma aldeia de vinte casas de barro e
taquara, construídas à margem de um rio de águas diáfanas que se precipitavam
por um leito de pedras polidas, brancas e enormes como ovos pré-históricos".
Ou ainda podemos
nos embrenhar na selva peruana e ajudar Pantoja a organizar as “visitadoras”,
criando um serviço de prostitutas para o Exército Peruano e ficamos
apaixonados, os três, por uma das bonitas moças contratadas para servir à tropa
na descrição viva de Vargas Llosa.
Quase todo ano eu
calvago com Riobaldo e Diadorim dentro das páginas maravilhosas que me levam ao
sertão das Minas Gerais para verificar sempre que “vivendo se aprende; mas o que se aprende, mais, é só fazer outras
maiores perguntas”.
Vocês também, se quiserem, podem ir a Paris comigo e com o
Geraldinho. Leiam a crônica e bon voyage.
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