"Uma das estratégias aplaudida na carpintaria do romance
de Edmar Oliveira é a que o autor utiliza para estruturar a trama da historia: o
contraponto. Ou melhor, um triangulo narrativo: a história da Coluna, personagens
históricos, heróis nacionais, uma historia antiga e já bem surrada, didática,
espalhada por ai em teses acadêmicas. Vem depois a eixo da narração que está
centrado na vida cotidiana de um povo, personagens que se sugestionam com as
escaramuças da Coluna e até tomam partido, uns contra, outros a favor. O autor
mostra com clareza como uma revolta pode mexer com os sentimentos de um povo
simples e tocar no seu juízo; o terceiro lado do triangulo são os delírios de
alguns personagens que incorporam a subjetividade do romance de cordel dos Doze
Pares de França; esse último lado do triangulo e o mais impressionante para que
o romance fique de pé E o lado subjetivo da profecia que todo bom romance tem
como ingrediente. E a parte profética da história. E o delírio".
(Geraldo Borges, escritor)
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