domingo, 8 de outubro de 2017

impressões

           


"Uma das estratégias aplaudida na carpintaria do romance de Edmar Oliveira é a que o autor utiliza para estruturar a trama da historia: o contraponto. Ou melhor, um triangulo narrativo: a história da Coluna, personagens históricos, heróis nacionais, uma historia antiga e já bem surrada, didática, espalhada por ai em teses acadêmicas. Vem depois a eixo da narração que está centrado na vida cotidiana de um povo, personagens que se sugestionam com as escaramuças da Coluna e até tomam partido, uns contra, outros a favor. O autor mostra com clareza como uma revolta pode mexer com os sentimentos de um povo simples e tocar no seu juízo; o terceiro lado do triangulo são os delírios de alguns personagens que incorporam a subjetividade do romance de cordel dos Doze Pares de França; esse último lado do triangulo e o mais impressionante para que o romance fique de pé E o lado subjetivo da profecia que todo bom romance tem como ingrediente. E a parte profética da história. E o delírio". 

(Geraldo Borges, escritor)

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