domingo, 15 de janeiro de 2012

sem saida


Lázaro José de Paula

tua  longa cabeleira  negra
está  pontilhada  de  estrelas  vistas  da tua  varanda.
eu  ando  com  a  cabeça  nas  nuvens
pra  ter  essas  visões
de   salmões  que saltam
pruma   imaginaria   piracema
da  qual  não  nessecitam .
por sua  vez  outros  peixes  do  teu  aquario
elétricos,   dão  choque  a  esmo
a  torto  e  a  direito
e  cravam  em cheio  meu  coração
numa  voltagem  alucinadamente   insensata
matando  familias  inteiras   sem  nem  ir  ao cinema
enquanto  tua  zoon  me  torna   pequeninamente
i  n  f i  n   i  t  e s i  m  a  l
meu  mal,  é  te amar   com   meu   sincero  desespero
e,  sem  saída,    me enrolar  nas  tuas  teias,
tuas   novelas,   teus  novelos

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